Julieta Ferreira nasceu em Lisboa em 1952. Foi professora de português, no ensino secundário, e leccionou Língua e Cultura Portuguesa na Universidade de Queensland, na Austrália, onde viveu de 1983 a 2009.

Além da sua paixão pelo ensino e pela escrita, é muito entusiasta na divulgação da língua, história e cultura portuguesa, grande defensora dos direitos humanos e da harmoniosa coexistência de vários povos e ideologias, em sociedades multiculturais.

Trabalhou em diversos projectos para integração de emigrantes e refugiados na sociedade australiana, apresentou seminários e workshops versando temas como diversidade, racismo, discriminação e organizou programas educacionais em infantários e instituições escolares.

Na sua visita a Portugal, em 2005, surgiu a motivação para a escrita de Regresso a Lisboa e assim a concretização de um sonho antigo. Este seu primeiro romance, de carácter autobiográfico, é a expressão de um amor muito intenso pela pátria e, em particular, por Lisboa.
Em 2007, publicou o seu primeiro romance de ficção,
Sem ponto final, assim como um livro de poesia, Pedaços de mim. Alguns dos seus poemas foram incluídos numa Antologia de Autores Portugueses Contemporâneos, Poiesis – Vol. XV, editada pela Editorial Minerva. Nesse mesmo ano, foi convidada por um jornal diário para escrever uma coluna quinzenal, sobre temas sociais.
Regressou a Portugal em Dezembro de 2009 e em Maio de 2010 publicou outro livro de poesia,
Do Outro Lado do Silêncio.

Em Novembro de 2010, publicou o seu terceiro romance, Carta a um Ex-amante. Em Dezembro deste mesmo ano, passa a colaborar na “Opinião” do Jornal Notícias Ribeirinhas.

 

  

 

Sinopse

 

Grito de libertação de uma mulher de meia-idade, «Carta a um ex-amante» é uma longa narrativa plena de coragem na qual a mulher se dirige ao ex-amante (assim deseja chamar-lhe) fazendo publicamente uma auto-análise do seu relacionamento passado e presente com os homens. Trata-se de um longo desnudar meditado e sentido. «Recrio-me e reinvento-me e nesse jogo eu tento vislumbrar a mulher que conheceste. Mas talvez essa tivesse sido também uma das minhas criações que não consigo recriar. Porque me faltas tu e não tenho tido parceiro que me inspire. É isso mesmo. Sou em função dos outros. Só na ausência deles não tenho de me inventar.» É provável que nesta longa carta, algumas mulheres encontrem respostas e (mais importante) perguntas, muitas perguntas. É de amor, de um amor longamente contido que aqui se fala: «Mascarei-o de mil maneiras para me proteger. Neguei-o continuamente como Judas negou Cristo» e é o amor que até ao fim se busca. Isabel Fraga

 

Pequeno trecho da obra


 

A publicação deste  livro de poesia, DO OUTRO LADO DO SILÊNCIO, coincide e celebra o regresso definitivo a Lisboa, minha cidade natal, depois de uma vivência de 27 anos na Austrália. Vivência essa carregada de pesar, saudade e solidão. Os meus poemas falam desse meu sentir, e de uma grande inquietação e busca contínua de algo que me escapa.

A minha escrita é o espelho da minha alma atormentada e isolada e a voz do silêncio que a habita. Posso dizer que escrevo... para preencher os vazios onde o amor é memória... para a desnuda solidão enfeitar. 

 

 

Entrevista à RDP Internacional por Teresa Morgado sobre o meu novo livro de poesia «Do outro lado do silêncio»

 

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Colectânea de poemas escritos entre Fevereiro e Junho de 2007.

Foi quando?

As amarras libertei
Do passado castrador.
Cresci dentro de mim
Disse que sim ao Amor!

Reconheço o meu sofrer
Apago as dúvidas.
Sigo em frente
Alimento a fome de ser!

Dilato o olhar
Nego as miragens
Descubro um oásis
Salto os penhascos
Do irrealizável.
Ultrapasso os limites
Do concreto e palpável.

Desbravo as agruras
Da minha existência
Conquisto o sonho
Construo quimeras
Desbarato barreiras.
Recupero o alento
Desafio trabalhos e canseiras.

Foi quando?

Aquela que voltei a ver
Foi a criança esquecida
Com a coragem de renascer!

Foi quando?

Aquela que voltei a ser
É a mulher mais mulher
Com vontade de viver!

Foi quando?

Num instante
De muitos instantes
Talvez…
Num momento inconsciente
De lucidez…

Foi quando?

A escrita irrompe
Num momento único
Talvez…
Num momento eterno
De incontida lucidez!

 

 

SINOPSE

Marta é uma mulher diferente. Distinta do comum dos mortais, pela forma como conduz a sua vida e, contudo, igual a tantos, ao procurar resposta para a eterna questão: o que é o amor?
“Por vezes penso que o amor é um sentimento que idealizamos e de tanto o idealizar… acabamos por não o sentir.”
Constantemente debatendo-se com a sua identidade, abafa no sexo descomplexado a angústia da sua existência. Soma conquistas como se de uma predadora se tratasse. É honesta nas suas convicções e nos seus sentimentos. Reflecte sobre problemas sociais, desprezando a hipocrisia daqueles que transformam em tabu alguns dos assuntos que se prendem com o lado animal do Homem.
De entre as suas amigas, algumas preocupadas com a sua maneira de ser e estar, Marta é a que consegue transformar em falácia o desabafo de muitas mulheres que, tal como ela, procuram o amor, mas nada fazem para o encontrar, esperando que um dia lhes bata à porta e persistindo em afirmar que “os homens são todos iguais”.
Marta passa pela vida questionando-se e questionando os homens com quem se relaciona: Pedro, Eduardo, João… Que procura ela em cada um deles? Com qual destes homens pode ela encontrar-se?
João é o único a não reclamar sexo, mas apenas amizade, conhecimento mútuo; algo mais do que uma experiência sexual inócua, apenas por puro instinto. Talvez esteja aqui o amor que Marta procura e, assim, a sua cruzada conheça um ponto final. Ou não!

 

EXCERTO

 

 

 

Julieta Ferreira, neste seu inquietante livro de estreia, conta-nos uma história verídica num estilo seguro, tranquilo e sem desfalecimentos, que nos mobiliza e prende da primeira à última página.
Um romance de amor, privação e saudade, escrito com a sensibilidade de uma emigrante portuguesa, madura e emancipada, que triunfou sobre toda a desventura, animada por uma única esperança: voltar.

Rita Ferro

SINOPSE

Regresso a Lisboa – Confissões proibidas, de Julieta Ferreira, é uma narração que dá ao leitor a visão de uma mulher atormentada por um passado, em busca da sua identidade e de um amor que a liberte.
No cenário da Lisboa intemporal, a protagonista expõe emoções muito intensas e desejos muito íntimos, seguindo uma trajectória entre o passado e o presente, ao mesmo tempo que explora aspectos da cultura e sociedade portuguesas, fazendo comparações com a cultura e a sociedade do país onde vive, a Austrália.
No regresso a Portugal, ao fim de trinta e cinco anos, reencontra aquele que fora o seu primeiro namorado. É a inspiração para um relato honesto de uma jornada física e emocional, recorrendo ao uso de pensamentos, memórias e vivências partilhadas com o leitor.

 

NOTA DA AUTORA 

 

Alguns dos seus poemas foram incluídos numa Antologia de Autores Portugueses Contemporâneos, Poiesis – Vol. XV, editada pela Editorial Minerva.